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Prédios Cada Vez Mais Altos, Problemas Cada Vez Maiores com o Transporte Vertical da Água

Por Roberto Pedroso Carvalho (Professor da YCON)

Observamos nos últimos anos o crescimento espantoso das nossas edificações. Em todo o Brasil surgem torres de Condomínios Comerciais, Residenciais ou Mistos, a grande maioria acima de 80 metros de altura, muitos ultrapassando os 150 metros e, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, surgem empreendimentos como o Infinity Coast, da FG Empreendimentos, que será o edifício residencial mais alto da América do Sul, com 66 andares e impressionantes 240 metros de altura, pelo menos até a entrega do audacioso Yacht House, da Construtora Pasqualoto, também em Balneário Camboriú, com 81 pavimentos.

Parece pouco se considerarmos a altura de empreendimentos de outras partes do mundo, principalmente os de Dubai, nos Emirados Árabes, onde está o Burj Khalifa com 828 metros de altura, mas os nossos edifícios estão altos o bastante para trazer complicações muito grandes, pelo menos quando o assunto é o Transporte Vertical da Água.

E não é apenas a altura destes edifícios que dificulta o manejo da água em suas instalações. Os edifícios hoje devem prever a medição individual, o aquecimento que em muitos casos utiliza a luz solar e traz de volta o boiler de uso coletivo, a captação de água de chuva, o reuso, a pressurização das coberturas, a pressurização das prumadas na ascendente, o uso de inversores de frequência e de outros materiais e equipamentos relativamente novos no nosso mercado. Diante de tudo isso, cresce a demanda por capacitação profissional e qualificação da mão de obra em todos os níveis.

No mercado pelo menos três grupos distintos de válvulas hidráulicas, que apresentam diferenças extremas entre si e dependem de alguns cuidados fundamentais para garantir a efetividade do controle que todos esperamos. A operação adequada e automática dos sistemas, por sua vez, depende do conhecimento das necessidades das instalações, da escolha correta do equipamento a ser aplicado, do controle do ar nas redes e dos cuidados que cada modelo exige. A complexidade das instalações atuais e a diversidade de equipamentos e sistemas disponíveis recomenda uma aproximação maior entre Fabricantes e Projetistas.

Faz-se necessário encontrar a melhor solução para cada caso e/ou para buscar novos produtos e/ou soluções, capazes de atender necessidades especiais ou específicas, lançando mão muitas vezes de soluções antigas, já aplicadas em outras partes do Mundo, em boa parte dos edifícios mais altos que conhecemos ou que antes estavam voltadas apenas para o Saneamento ou para a Indústria, segmentos que atendemos há décadas, em mais de 130 Países.

Seja qual for o modelo de instalação ou os equipamentos escolhidos, é de extrema importância que os fabricantes tenham a oportunidade de avaliar as propostas de instalações ainda na fase de projeto e sugerir, quando for o caso, cuidados que possam garantir a eficiência de seus produtos, porque é inconcebível que numa edificação onde o projeto arquitetônico encanta o comprador, se tenha tantos desgastes depois, porque o morador não consegue tomar um banho confortável ou dormir como gostaria, em virtude de problemas que, depois do edifício pronto e habitado, são muito difíceis de corrigir.

O tema é atual e, neste momento, há uma nova versão da norma NBR5626 (Sistemas Prediais de Água Fria e Água Quente) que se encontra pronta para consulta pública, segundo a ABNT. Este novo texto traz inúmeros itens que tratam do controle de pressão e mudam a forma como montamos hoje as nossas instalações.

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